quinta-feira, 7 de março de 2013

Qualidade de vida

O homem sem blogue lançou o mote e eu, inconformado com a situação que vivo de há uns tempos para cá, resolvi dar continuidade ao tema. Comentei lá e sigo aqui.

Sinto, aposto, sei, que não sou o único a achar que esta coisa de acordar de manhã, ir trabalhar, voltar ao fim do dia, ir para a cama e repetir tudo novamente durante 5 dias por semana (quando se tem sorte) é um perfeito disparate e não se pode chamar de viver. Principalmente quando o que se recebe é tão pouco e não nos permite ter a qualidade de vida à qual almejamos.
Será que a vida é só isto? Nascer, trabalhar e morrer? E onde se vive?

Tal como diz o homem sem blogue, os nossos pais fizeram os possíveis e impossíveis para que nós pudéssemos ter as melhores condições enquanto evoluíamos e nós, actualmente, vêmo-nos à rasca para conseguir viver à altura dessa qualidade de vida a que fomos habituados. Pior que termos de viver com isto é pormo-nos a imaginar que tipo de vida é que vamos conseguir dar aos nossos filhos.
Não sou casado. Nunca pensei muito nisso e não faço questão de ir além do juntar dos trapos com a minha cara metade, mas para isso é preciso ter condições para conseguir sair de casa dos meus pais de vez. A coisa está feita meio meio e não me agrada minimamente mas não há verba que possibilite a mudança a 100%.

É um facto que o país está nu (a tanga já foi vendida há muito tempo) e nós temos de fazer, agora e mais do que nunca, por nós e não esperar que sejam os outros (estado, empregador, etc) a tratar disso, mas é muito difícil quando tudo se coloca contra nós neste "querido" país porque assim o quer quem tem a faca e o queijo na mão.

Resta-nos pensar em emigrar e, aí sim, ver as nossas qualidades serem levadas em conta.

2 comentários:

  1. A situação que se vive é insustentável e o regresso a um país pobre e sem aspirações é o que estes governantes (leia-se poder político a mando do económico!) pretendem! Há que correr esta gente do poleiro, quando não o país e nós próprios corremos sérios riscos de sobrevivência...

    Beijinhos!

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    1. Concordo que devemos correr com eles do poder mas não sei qual o rumo que isto deve levar nem quem é que pode ir para lá porque na moldura politica actual não há nenhum que preste ou que inspire confiança.

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