A ideia peregrina de que o que faz falta (para além de animar a malta) a Portugal é mais meia hora de trabalho não paga ou mesmo a cedência dos feriados por parte dos trabalhadores, sempre que a entidade patronal assim o entender, contrasta com o facto de ainda faltar meia hora (oficial) para a minha hora de saída e eu já estar pronto para ir embora.
É claro que há malta que a esta hora ainda está embrenhada no trabalho e agradecia que o dia tivesse mais meia dúzia de horas para ver se conseguiam descansar um bocadinho, mas no meu caso isso não se põe. A meia hora que se segue vai ser de abraços e beijinhos (teóricos) a todos os colegas de trabalho e um desejo de até amanhã. Imagine-se que tinha de ficar mais meia hora para além do tempo regulamentar. Ficava mesmo a fazer o quê?
Trabalhar e tal, porque é para isso que me pagam... Bu&@#$it. Organizei e orientei todo o trabalho para o dia seguinte e não tenho trabalho em atraso e esta meia hora que me sobra é para viajar na net em velocidade cruzeiro até ao apito do relógio.
Por esta hora já tenho gente a rogar-me pragas e a dizer mil e uma asneira acerca da minha pessoa. Respondendo a esses, eu preferia ter trabalho que fosse para além da hora (não muito, vá), porque até gosto do que faço, dando mais lucro ao patrão do que estar aqui a escrever este texto em que me lamento pela falta de afazeres.