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segunda-feira, 15 de abril de 2013

7 algarismos

Quando pensamos que só em Portugal é que há patrões que não fazem ideia do que é estar no mercado eis que o meu empregador não-oficial me vem provar o contrário.

Trabalho para um subsidiária de uma grande multinacional no ramo da metalomecânica e apesar de haver muita coisa feita de maneiras que não aprovo sei dar o braço a torcer e perceber que não tenho grande experiência para poder opinar assim tanto sobre elas.

Nos últimos dias tenho dedicado todos os meus esforços a um grande projecto internacional e que é o maior que já me passou pelas mãos. Na casa dos 7 algarismos, só para se situarem.
Para o comum dos mortais, os valores envolvidos são de tal grandeza que se perde a noção e tudo se acha caro. Não é!
O problema surge quando o dono/patrão da empresa mãe começa a achar que o montante envolvido é baixo demais e resolve duplica-lo. Se o montante inicial já é elevado, então agora é um abuso...
Todos os envolvidos, dos mais experientes aos menos, assim como o director da minha administração, ficam envergonhados por ter de apresentar estes preços ao cliente.

Quando as pessoas estão muito tempo afastadas do centro do negócio e gerem tudo com base em modelos numéricos e financeiros perdem a noção do mundo que as rodeia e dão inicio à queda do que levou anos a construir.

Talvez seja cedo demais para falar assim e, provavelmente, estou a especular no ar, mas não me parece que a agir desta maneira haja clientes que queiram negociar connosco.