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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Roma - Dia 3 - Coliseu/Vitorio Emanuele/Campidoglio

Voltando ao que foi prometido faz uns meses, cá está mais um dia do meu passeio por Roma.
Este texto é um bocadinho mais longo e já não me lembro bem do que escrevi, pelo que podem haver alguns erros (não estou com muito tempo para o ler agora, mas logo logo faço as correcções necessárias).

Para o dia começar bem só há uma coisa a fazer, não acordar às 7 da manhã de Sábado. Ora, a asneira está feita por isso mais vale ir comer e pensar em apanhar o metro. Com 90% do corpo ainda a dormir não é tarefa fácil, acreditem!
Direcção ao coliseu para aproveitar a chuva e o mau tempo… perdão, o amanhecer e falta de pessoas nas principais atracções.

Coliseu

Chegados ao coliseu está na hora de utilizar o Roma Pass pela primeira vez. Tal como dizia no folheto explicativo do passe as primeiras 2 entradas são grátis (ou de borla) e basta ir até à entrada, passar o passe no torniquete e já está. Sem filas, sem esperas, sem gastar dinheiro (sem gastar dinheiro mais ou menos…), simplesmente fantástico. Pumbas, para dentro do coliseu. Quase às moscas. Deu para percorrer as zonas abertas ao público com tempo para ver tudo ao pormenor, tirar fotografias e enganarmo-nos no caminho mais do que uma vez. Foi pena o palanque central, aquele mais famoso, de onde se tiram milhares de fotografias por dia estar vedado ao público por estarem a decorrer obras de recuperação. Fica para a próxima.

Coliseu

 Coliseu visto e revisto está na hora de descobrir como se vai para o Fórum Romano. Supostamente a entrada é conjunta com o coliseu, o que significa que não se paga nem se gasta a segunda entrada grátis do Roma Pass. Isto é tudo verdade se soubermos como funciona o Roma Pass e/ou em caso negativo tivermos levado o folheto explicativo, coisa que não se verificou. Por esse motivo, demos a volta ao Fórum Romano tentando perceber se havia alguma entrada onde não se pagasse. Há… basta apresentar o Roma Pass, nas entradas do Fórum, que não se paga (desde que se venha directamente do Coliseu) mas nós não o fizemos e também não visitamos o Fórum. 
Em redor do Coliseu - traseiras

 Bem, também não é preciso que dá para ver tudo de todo o lado nos arredores do mesmo. Só se se tiver muito gosto em andar no meio de ruínas é que aconselho dar a volta pelo interior do Fórum, de outra forma, passem ao lado.

Forum - Visto dos Musues Capitolinos

O passeio levou-nos a buscar a Boca dela Veritá, na igreja Santa Maria in Cosmedin, e de caminho ainda passámos no Circus Maximus. Se o primeiro ainda dá para tirar a tradicional fotografia, o segundo não vale a deslocação propositada. Como nos perdemos, não nos queixamos de lá ter passado mas aquilo é tal e qual um descampado abandonado num qualquer desterro. Lembram-se da Expo 98 antes de ser Expo? É igual mas sem muito lixo.
Fotografia tirada na pedra da Boca dela Veritá e está na hora de caminharmos em direcção à Piazza dei Campidoglio que alberga os museus capitolinos e a réplica do monumento ao Imperador Marc Aurélio. Os museus possuem muita riqueza em diversas esculturas (umas mais famosas que outras) mas são um pouco confusos para quem não está habituado a percorrer as salas de museus. Por esse motivo creio que me escaparam duas das mais importantes esculturas de Roma. A estátua original do imperador no seu cavalo – que até tem direito a lugar de destaque nos museus tendo sido feita uma sala só para ela – e a Loba com o Rómulo e o Remo. Enfim, há que deixar qualquer coisa para ver na próxima visita a Roma.

Exposição dos Museus Capitolinos

Tecto dos Museus
Venus

Toca a correr para fora dos museus e a apreciar a beleza da Piazza di Venezia e das escadas que levam até lá a baixo. Projectadas pelo próprio Miguel Angelo são ornamentadas com obras de arte em todo o seu redor.
Ao lado ergue-se outra escadaria, esta com degraus mais curtinhos, que leva até à igreja de Santa Maria de Aracoeli. Por fora não promete mas por dentro dá! É de uma grandeza extraordinária. Só visto porque para contar há muita informação na Internet. Ficam as fotos.

Sta Maria Maggiore
 
Sta Maria Maggiore

Por detrás da Igreja de Sta. Mª de Aracoeli fica o edifício mais branco de Roma. Um monumento ao Rei Vitorio Emanuele II. Vê-se praticamente de qualquer ponto de Roma (ponto alto) e chama a atenção pela cor e imponência. Não sei se não será maior que o Coliseu… Sobe e desce escadas constante para ver todos os cantinhos e estamos de novo na rua para decidir onde é que vamos a seguir.

Monumento ao Rei Vitorio Emanuele II

Olha, hora de almoço. Vamos experimentar o conselho da estudante Italiana, em Erasmus em Portugal. Um restaurante simpático para lá do coliseu. Íamos, porque encontrámos um tasco simpático com um italiano com sotaque inglês à la Mafia que nos ofereceu a mais diversa quantidade de lasagna para o almoço. Perdido numa ruela a caminho da Igreja San Pietro in Vincoli, come-se bem 7€ por pessoa.
E por falar em San Pietro in Vincoli… depois de almoço o destino passava por lá não fosse estar fechada do meio dia às três e à hora de chegada o relógio marcava uma e pouco. Escolhe lá outro destino que não custa nada.
Ou custa?
Custa porque não há muito mais coisa, perto, para ver. E o que é que acontece quando não há coisas perto? Isso! Vai-se para longe. Toca a fazer novamente todo o caminho até à Piazza di Venezia (coisa para levar mais de 20 minutos a andar bem) e vai de percorrer a avenida que leva até à Area Sacra, ou como é mais conhecida, o templo dos gatos (são para cima de muitos e todos bem tratados – gordos – embora muitos sejam de uma raça especial que só tem 3 patas). A piazza dei Torre Argentina é gira e vale a pena o desvio (se se estiver na zona) e para nós que até tínhamos tempo (eram agora duas horas) foi uma maravilha poder descansar nos bancos em frente à Area Sacra antes de seguirmos em direcção à Isla Tiberina onde se comem dos melhores gelados de Roma aos melhores preços de Roma!

Area Sacra - Templo dos Gatos

 Gelado comido (com esforço) toca a voltar para trás porque havia ali uma lojinha de recordações espectacular (barata). Mas espera, na Piazza Navona parece que era mais barato! Ai sim, isso fica só a pouco mais de 1 km de distância (ou assim gostamos de acreditar) por isso vamos lá ver. E fomos. E voltamos para trás porque de facto a primeira era bem mais barata. Mas, antes de voltarmos para trás, foi altura de ir ver o Panteão que, no Sábado, não estava de serviço às festividades. Aquela porra é enorme. Um monstro da arquitectura! Lindo! E quem quiser, que o vá ver. Porra!

Pantheon

Ora, onde é que íamos? Ah, sim! Area Sacra, Isla Tiberina, Area Sacra, Piazza Navona, Panteão, Area Sacra, duas horas depois, muitos kms em cima e estão feitas as compras de lembranças. Fácil? Sim. Cansativo? De certeza. E falta uma coisa.
Falta voltar para o hotel porque ainda não temos estatuto para fazer companhia aos muitos mendigos que embelezam Roma. E porque em Roma, debaixo de cada pedra está um achado arqueológico, o metro não chega a todo lado e temos de ser nós a ir ter com ele. Toma lá que o mais perto é o do Coliseu! Como é que é? Já lá estiveste? Aguenta que não custa nada (mentira, aquilo é longe para se fazer às seis da tarde).

Coliseu

 Andar, andar, andar, Metro, andar, Hotel.
Ahhhh!
Banho e sai outra vez a correr porque hoje sentimo-nos finos e vamos jantar ao pé do Vaticano porque o restaurante de ontem foi porreiro e merece outra visita.
Merece se estiver aberto às 7 da tarde. Não está. Mas o da rua anterior está e também é em conta e tem serviço igualmente agradável.
Pizza, cerveja e sobremesa e a conta não passa muito dos 12 € por pessoa. Aceitável para a zona e para a cidade. Vitto e Dina, para quem quiser comer bem e pagar pouco. Digam que vão da minha parte que não faz absolutamente diferença nenhuma.
Missa no Vaticano, com o Papa a dizer umas coisas de vez em quando e está feita a noite.

Vaticano à noite
  
Ficam mais algumas fotos soltas com a respectiva legenda.

Piazza dei Campidoglio
Piazza dei Campidoglio
Mapas do Império Romano
Michaelangelo Steps
Arch of Constantine

domingo, 22 de abril de 2012

Roma - Dia 1 - Take Off


Acordámos às 4:30 da manhã (hora local, eheh) e tomámos banho em passo acelerado. Corrida escada abaixo, à velocidade que os trolleys deixavam, para tomar o pequeno-almoço e esperar pelo motorista, vulgo, Padrinho.
A viagem até ao aeroporto de Lisboa foi tranquila, como se esperava aquelas horas da manhã.
Depositados no aeroporto, na zona dos embarques, foi hora de procurar, nos ecrãs logo à entrada, pelos balcões do check-in que nos dariam acesso ao nosso voo para Roma. 60 ao 77 dizia no ecrã. Lá vão eles, corredores fora à procura dos números. Como não podia deixar de ser, os balcões ficavam na zona mais distante do aeroporto (ou pelo menos vamos pensar que sim, para dar emoção à coisa) e no lado oposto às portas de embarque, pelo que, tivemos de fazer o percurso inverso após deixarmos as malas à sua sorte (e que sorte que era se se tivessem perdido! 750 € cada por causa do seguro da agência de viagem).

Bem, ‘bora lá. Entrada no avião, passeio pela pista e disparo para levantar voo num ápice. Não custou nada e continuo a dizer – as montanhas russas têm muito mais piada!
Pequeno-almoço de campeão a bordo e vários desenhos animados depois tinha de ir experimentar a casa de banho. Não é pior que a dos comboios. Nem melhor. Podemos dizer que é a igual… a mesma merda!

Hora de aterrar, mais uma vez sem problemas. O pior foi mesmo no driveway, altura em que o piloto achou que tinha um carro de rally nas mãos e andou aos S’s até chegarmos à manga. Enjoo… mas ficou por aí.
‘tá a sair do avião, e se em Lisboa se entrou através de um autocarro, em Roma fomos mais finos e saímos pela manga. 1ª vez e experimenta-se de tudo. Boa!

Para conseguir que as nossas malas aparecessem no carrossel dos pequeninos, foi preciso esperar quase uma hora. Mas apareceram… pena!
Passeio pelo aeroporto em busca do posto de turismo para se comprar o Roma Pass e pedir informações acerca do local onde se apanhava o Leonardo Express, comboio que nos havia de levar à Estação de Termini, centro de Roma. Não custa nada… Sempre em frente à esquerda… e confere! Sem piada. Por esta altura começava a pensar em que raio de aventuras é que havia de contar ás pessoas se “não está a acontecer nada de especial”.
Bilheteira da estação, que segundo os cartazes já não está sob o controlo da malta do aeroporto – era só o que havia de faltar, os gajos da torre de controlo estarem a brincar aos comboios nas horas vagas –, compra-se bilhete para dois. Paga-se mais do que se deve, sem se reparar porque o comboio estava prestes a partir. Corrida para o comboio, partida, e a conversa alheia desperta a atenção para a necessidade de se validar os bilhetes antes de se entrar no comboio. História nº 1: não foram validados e o comboio não parava a não ser em Termini. Ponham-nos na rua diríamos… se não tivéssemos de pagar multa. Acabámos por ter de sair pelo nosso pé porque não apareceu nenhum fiscal. Falta de respeito! Podiam ter avisado que poupávamos 32 €! Enfim…
Termini… Ah! Termini… Merda de estação que é mais pequena maior que Sta. Apolónia e mais confusa que o mercado do Bolhão ao Domingo de manhã!
Segue as placas que dizem Linha A do Metro que é essa que precisamos. Segue, segue, segue, e… passa por baixo da placa a indicar esquerda, olha para trás e a placa indica que é… em frente. Faz lembrar a plataforma 9 e ¾ do Harry Potter. Teríamos de nos atirar contra uma parede? Pelos vistos não… estávamos só enganados, eheh!
Lá encontrámos o Metro. Nós e mais 50 pessoas que pareciam estar com o mesmo problema. E não encontrámos só o Metro, encontrámos primeiro as bilheteiras e um rapaz que se disponibilizou a tirar os nossos bilhetes. Ganhou 1 € com o serviço. Dinheiro fácil mas que compensou em muito o esforço que seria estar a estudar a máquina antes de retirar o bilhete. Obrigadinho!
Vai. Segue para o Metro. Linha A, direcção Battistini. Isso. Agora espera que a estação é a última e não custa nada andar de Metro. Pois não! O problema é sair e perceber que, ao contrário de Lisboa, que se conhece desde sempre, estamos num local estranho e que mesmo com mapa, não é fácil descobrir onde está a rua para onde queremos ir dada a confusão de ruas que saem do mesmo cruzamento.
Olha’li um gajo que tem uma ambulância e um colete daqueles às cores. De certeza que sabe por onde é… Se calhar até sabia, se lhe tivessem perguntado o nome da rua certa. Burro! O que vale é que o Iphone chega a todo lado e o jovem, socorrista autista de profissão, tem GPS e mostra na hora onde fica o nosso destino. Por incrível que pareça estávamos certos e foi só andar 10 minutos para chegar ao Hotel.

Hotel porreiro, que deixa o inglês na parte de fora da porta, só entra algum assim muito de vez em quando porque a porta tem fuga de ar.
Descoberta de que a malta da agência de viagens sabe tanto do que anda a fazer como nós sabíamos para onde seguir depois de sair do metro. Quarto Twin, que é como quem diz, duas camas, quando podia/devia ser quarto Double (cama de casal). Depois do recepcionista fazer esse reparo, dá-nos a chave e indica-nos onde fica o quarto. Piso 5! A porta abre-se e… cama de casal. Foi um fofinho!
Fome! Porque já passa das três da tarde e desde o grande pequeno-almoço do avião que não entra comida nestas barrigas.
Deve ser fácil dar com qualquer coisa para comer por aqui. Aliás, cruzámo-nos com um Mac algures no caminho. Lembras-te onde? Pois… nem eu. Siga à descoberta.
Rua para trás, rua para a frente, avenida. É por ali… por aqui… por além… está ali uma placa a dizer 3 minutos. E estava mesmo! A placa. Mas chegámos lá. Um bocadinho depois… uma hora de pois… hora e meia, vá.
Big Tasty e 15 € depois, voltinha a pé porque já não “valia a pena” ir até ao centro de Roma. Afinal estávamos acordados desde as 4:30 da manhã.
Avenida, congregações, parque para cães, monhés a gritar “Oi” quando se quer pagar duas garrafas de água. “Oi” para ti também e toma lá 2 €. É de notar que as garrafas de água deram para toda a estadia tal é quantidade de fontes que há em Roma. Se não abrirmos os olhos corremos o risco de dar com o dedo mindinho do pé na quina da fonte.
Vamos para o hotel e descansar um bocado senão amanhã é que é “o elas”, vulgo, vamos dormir uma sesta e depois vimos ver do jantar.

Sesta.
Uops. Já é hora de ir jantar. Vamos procurar um restaurante ou algo que venda uns panini por aí. E fomos. E encontrámos. Assim pensámos nós.
Entrada no estabelecimento que tinha outros dois turistas. Ora, em Roma… fala-se inglês, ainda por cima quando quem nos atende tem praticamente a nossa idade. Engano! O rapaz falava tanto inglês como os cães do parque, antes da sesta. Então, se não falas inglês, falas o quê? Um pouco de alemão, francês, espanhol… epá, temos poliglota. Não… temos mentiroso porque nem manger, nem eat, nem food, nem a puta que o pariu ele percebeu o que significava. E o teu colega, fala inglês? Ai não? Então vamos ali aquele take away buscar meia fatia de pizza que estamos fartos de andar na rua.
Pizza. Mas como é que alguém chama pizza aquilo? Ainda ali há. Querem? Ao menos tinham alguém que sabia falar inglês. O cozinheiro, ou ajudante, monhé de estatuto.
Cama.