Nos meus idos 18 anos, também eu fui um maluco e aceitei que a minha viagem de finalistas fosse organizada por pessoas que queria ir para Lloret de Mar. Não me arrependo de ter ido apesar de:
- a água do mar ser fria
- a areia ser mais parecida com cascalho
- o hotel ser uma merda
- ter passado fome
- ter comprado uns óculos de sol no El Corte Inglés que tinham graduação apesar de não terem qualquer indicação disso e eu só ter descoberto uns dias depois quando cheguei a Portugal e ficava com dores de cabeça sempre que os usava.
Se fosse hoje é lógico que preferiria outro destino, até porque Lloret mudou muito desde então. Quando fui, há mais de uma década atrás, posso dizer que, apesar das bebedeiras que se viam ninguém foi parar ao hospital, 80% não fez sexo com ninguém, só 2 ou 3 é que fumaram droga (ou pelo menos dizem que o fizeram), a malta divertiu-se toda na mesma.
Nos dias de hoje - e dos anos anteriores - é cada vez mais comum ver-se nos jornais casos de jovens que morrem a atirar-se de janelas, a entrarem em coma alcoolico e ou a tentarem snifar os traços contínuos das avenidas de Lloret. Apesar de a informação hoje, e o acesso às coisas, ser muito mais simples de obter, a educação dada pelos paizinhos desses meninos que julgam que podem fazer tudo o que lhes dá na real gana é muito debilitada. Antes de culparem as agências de viagens, os monitores, o Passos Coelho ou o Papa, deviam olhar para dentro de portas e perceber que estão a fazer um mau trabalho.
Afinal, jovens já fomos todos. Parece é que o juízo e o bom senso são como o lince ibérico... espécies em vias de extinção.