terça-feira, 15 de outubro de 2013
LML e o problema das indianas
Ora era o travão da frente que teimava em emperrar, ora o travão de trás a ficar sem calço, e eis que o barulho do motor se altera.
De inicio pensei que fosse algum problema no escape e tratei do problema em casa com uns re-apertos e inspecções mais ou menos detalhadas. O barulho manteve-se e, para mal dos meus pecados, agravou-se. Toca de falar com o oficina e, alguns telefonemas depois, tratar de activar a assistência em viagem porque o problema estava por demais avançado e não vale a pena correr o risco de agravar a situação.
Hoje já consigo dizer que o problema mais grave que tive na LML (a prima indiana da famosa Vespa), ao fim de 16.000 km rodados, foi uma embraiagem gasta e um casquilho nas couves. Até ao fim de semana estará tudo tratado e vou poder devorar curvas e fintar o transito enquanto me rio dos enlatados presos nos semáforos e filas intermináveis.
Esta ressaca de duas rodas, por muito confortável que seja o meu carro, anda a dar cabo de mim. Preciso de apanhar chuva e vento na "tromba" para sentir o stress a saltar-me pelos poros.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Baralha e volta a dar
Sinto-me estranhamente estranho. Não é bom presságio de certeza. A vida corre-me bem e aos poucos e poucos vou conseguindo conquistar quase tudo a que me propus mas falta-me qualquer coisa.
Acho que, e não acreditando nisso, a crise dos "intas" me bateu forte. Sinto que preciso de definir a minha vida e que não o consigo fazer enquanto o país não me permitir ter um emprego que me satisfaça pessoal e monetariamente. Falta-me a tranquilidade financeira para poder deixar de me preocupar se o dinheiro chega ao fim do mês antes de cometer a loucura de ir ao cinema ou jantar fora... É certo que só agora estou a sentir na pele o que muita gente já sente há vários meses, mas isso não é motivo para ter de acontecer.
Cometi a loucura de comprar carro novo (usado) numa altura em que a crise nos acena com contenção, mas foi um mal necessário porque o que tinha esta prestes a entregar a alma ao criador. E, se formos a ver bem, não seria uma loucura se tivesse a um salário a altura das responsabilidades e das qualificações que tenho e tanto dinheiro me custaram.
Neste país, em que os corruptos se banham ao sol enquanto o povinho tenta sobreviver, é impensável ter uma carreira com dignidade sem se ter um belo padrinho ou uma cama no escritório. O problema é que a alternativa estrangeiro não está clara para todos.
Estou tão baralhado (ou mais) quanto o post que acabei de escrever, mas quando os sentimentos não se entendem cá dentro fica pior mostrar o que se passa cá fora.