sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Baralha e volta a dar

Sinto-me estranhamente estranho. Não é bom presságio de certeza. A vida corre-me bem e aos poucos e poucos vou conseguindo conquistar quase tudo a que me propus mas falta-me qualquer coisa.
Acho que, e não acreditando nisso, a crise dos "intas" me bateu forte. Sinto que preciso de definir a minha vida e que não o consigo fazer enquanto o país não me permitir ter um emprego que me satisfaça pessoal e monetariamente. Falta-me a tranquilidade financeira para poder deixar de me preocupar se o dinheiro chega ao fim do mês antes de cometer a loucura de ir ao cinema ou jantar fora... É certo que só agora estou a sentir na pele o que muita gente já sente há vários meses, mas isso não é motivo para ter de acontecer.

Cometi a loucura de comprar carro novo (usado) numa altura em que a crise nos acena com contenção, mas foi um mal necessário porque o que tinha esta prestes a entregar a alma ao criador. E, se formos a ver bem, não seria uma loucura se tivesse a um salário a altura das responsabilidades e das qualificações que tenho e tanto dinheiro me custaram.
Neste país, em que os corruptos se banham ao sol enquanto o povinho tenta sobreviver, é impensável ter uma carreira com dignidade sem se ter um belo padrinho ou uma cama no escritório. O problema é que a alternativa estrangeiro não está clara para todos.

Estou tão baralhado (ou mais) quanto o post que acabei de escrever, mas quando os sentimentos não se entendem cá dentro fica pior mostrar o que se passa cá fora.

Sem comentários:

Enviar um comentário