Acordámos às 4:30 da manhã (hora local, eheh) e tomámos banho em passo
acelerado. Corrida escada abaixo, à velocidade que os trolleys deixavam, para
tomar o pequeno-almoço e esperar pelo motorista, vulgo, Padrinho.
A viagem até ao aeroporto de Lisboa foi tranquila, como se esperava aquelas
horas da manhã.
Depositados no aeroporto, na zona dos embarques, foi hora de procurar, nos
ecrãs logo à entrada, pelos balcões do check-in que nos dariam acesso ao nosso
voo para Roma. 60 ao 77 dizia no ecrã. Lá vão eles, corredores fora à procura
dos números. Como não podia deixar de ser, os balcões ficavam na zona mais
distante do aeroporto (ou pelo menos vamos pensar que sim, para dar emoção à
coisa) e no lado oposto às portas de embarque, pelo que, tivemos de fazer o
percurso inverso após deixarmos as malas à sua sorte (e que sorte que era se se
tivessem perdido! 750 € cada por causa do seguro da agência de viagem).
Bem, ‘bora lá. Entrada no avião, passeio pela pista e disparo para levantar
voo num ápice. Não custou nada e continuo a dizer – as montanhas russas têm
muito mais piada!
Pequeno-almoço de campeão a bordo e vários desenhos animados depois tinha
de ir experimentar a casa de banho. Não é pior que a dos comboios. Nem melhor.
Podemos dizer que é a igual… a mesma merda!
Hora de aterrar, mais uma vez sem problemas. O pior foi mesmo no driveway,
altura em que o piloto achou que tinha um carro de rally nas mãos e andou aos
S’s até chegarmos à manga. Enjoo… mas ficou por aí.
‘tá a sair do avião, e se em Lisboa se entrou através de um autocarro, em
Roma fomos mais finos e saímos pela manga. 1ª vez e experimenta-se de tudo.
Boa!
Para conseguir que as nossas malas aparecessem no carrossel dos pequeninos,
foi preciso esperar quase uma hora. Mas apareceram… pena!
Passeio pelo aeroporto em busca do posto de turismo para se comprar o Roma
Pass e pedir informações acerca do local onde se apanhava o Leonardo Express,
comboio que nos havia de levar à Estação de Termini, centro de Roma. Não custa
nada… Sempre em frente à esquerda… e confere! Sem piada. Por esta altura
começava a pensar em que raio de aventuras é que havia de contar ás pessoas se “não
está a acontecer nada de especial”.
Bilheteira da estação, que segundo os cartazes já não está sob o controlo
da malta do aeroporto – era só o que havia de faltar, os gajos da torre de
controlo estarem a brincar aos comboios nas horas vagas –, compra-se bilhete
para dois. Paga-se mais do que se deve, sem se reparar porque o comboio estava
prestes a partir. Corrida para o comboio, partida, e a conversa alheia desperta
a atenção para a necessidade de se validar os bilhetes antes de se entrar no
comboio. História nº 1: não foram validados e o comboio não parava a não ser em
Termini. Ponham-nos na rua diríamos… se não tivéssemos de pagar multa. Acabámos
por ter de sair pelo nosso pé porque não apareceu nenhum fiscal. Falta de
respeito! Podiam ter avisado que poupávamos 32 €! Enfim…
Termini… Ah! Termini… Merda de estação que é mais pequena maior que
Sta. Apolónia e mais confusa que o mercado do Bolhão ao Domingo de manhã!
Segue as placas que dizem Linha A do Metro que é essa que precisamos.
Segue, segue, segue, e… passa por baixo da placa a indicar esquerda, olha para
trás e a placa indica que é… em frente. Faz lembrar a plataforma 9 e ¾ do Harry
Potter. Teríamos de nos atirar contra uma parede? Pelos vistos não… estávamos
só enganados, eheh!
Lá encontrámos o Metro. Nós e mais 50 pessoas que pareciam estar com o
mesmo problema. E não encontrámos só o Metro, encontrámos primeiro as
bilheteiras e um rapaz que se disponibilizou a tirar os nossos bilhetes. Ganhou
1 € com o serviço. Dinheiro fácil mas que compensou em muito o esforço que
seria estar a estudar a máquina antes de retirar o bilhete. Obrigadinho!
Vai. Segue para o Metro. Linha A, direcção Battistini. Isso. Agora espera
que a estação é a última e não custa nada andar de Metro. Pois não! O problema
é sair e perceber que, ao contrário de Lisboa, que se conhece desde sempre,
estamos num local estranho e que mesmo com mapa, não é fácil descobrir onde
está a rua para onde queremos ir dada a confusão de ruas que saem do mesmo
cruzamento.
Olha’li um gajo que tem uma ambulância e um colete daqueles às cores. De
certeza que sabe por onde é… Se calhar até sabia, se lhe tivessem perguntado o
nome da rua certa. Burro! O que vale é que o Iphone chega a todo lado e o
jovem, socorrista autista de profissão, tem GPS e mostra na hora onde fica o
nosso destino. Por incrível que pareça estávamos certos e foi só andar 10
minutos para chegar ao Hotel.
Hotel porreiro, que deixa o inglês na parte de fora da porta, só entra
algum assim muito de vez em quando porque a porta tem fuga de ar.
Descoberta de que a malta da agência de viagens sabe tanto do que anda a
fazer como nós sabíamos para onde seguir depois de sair do metro. Quarto Twin,
que é como quem diz, duas camas, quando podia/devia ser quarto Double (cama de
casal). Depois do recepcionista fazer esse reparo, dá-nos a chave e indica-nos onde
fica o quarto. Piso 5! A porta abre-se e… cama de casal. Foi um fofinho!
Fome! Porque já passa das três da tarde e desde o grande pequeno-almoço do
avião que não entra comida nestas barrigas.
Deve ser fácil dar com qualquer coisa para comer por aqui. Aliás,
cruzámo-nos com um Mac algures no caminho. Lembras-te onde? Pois… nem eu. Siga
à descoberta.
Rua para trás, rua para a frente, avenida. É por ali… por aqui… por além…
está ali uma placa a dizer 3 minutos. E estava mesmo! A placa. Mas chegámos lá.
Um bocadinho depois… uma hora de pois… hora e meia, vá.
Big Tasty e 15 € depois, voltinha a pé porque já não “valia a pena” ir até
ao centro de Roma. Afinal estávamos acordados desde as 4:30 da manhã.
Avenida, congregações,
parque para cães, monhés a gritar “Oi” quando se quer pagar duas garrafas de
água. “Oi” para ti também e toma lá 2 €. É de notar que as garrafas de água
deram para toda a estadia tal é quantidade de fontes que há em Roma. Se não
abrirmos os olhos corremos o risco de dar com o dedo mindinho do pé na quina da
fonte.
Vamos para o hotel e descansar um bocado senão amanhã é que é “o elas”,
vulgo, vamos dormir uma sesta e depois vimos ver do jantar.
Sesta.
Uops. Já é hora de ir jantar. Vamos procurar um restaurante ou algo que
venda uns panini por aí. E fomos. E encontrámos. Assim pensámos nós.
Entrada no estabelecimento que tinha outros dois turistas. Ora, em Roma…
fala-se inglês, ainda por cima quando quem nos atende tem praticamente a nossa
idade. Engano! O rapaz falava tanto inglês como os cães do parque, antes da
sesta. Então, se não falas inglês, falas o quê? Um pouco de alemão, francês,
espanhol… epá, temos poliglota. Não… temos mentiroso porque nem manger, nem
eat, nem food, nem a puta que o pariu ele percebeu o que significava. E o teu
colega, fala inglês? Ai não? Então vamos ali aquele take away buscar meia fatia
de pizza que estamos fartos de andar na rua.
Pizza. Mas como é que alguém chama pizza aquilo? Ainda ali há. Querem? Ao
menos tinham alguém que sabia falar inglês. O cozinheiro, ou ajudante, monhé de
estatuto.
Cama.
Eheheh, apesar de não haver muito aventura de se perderem no caminho, serem rodeados por alguns elementos da mafia desentendidos, que discutiam o problema num tiroteio, deu um post bem giro! E só pelo primeiro dia... :)))
ResponderEliminarNão sei se te perdoo teres-te enfiado num macdonalds mal puseste os pés em Roma. Tive uma séria discussão com os meus companheiros de viagem da segunda visita à cidade por esse motivo. Mas não fiques triste, eis a confissão escabrosa: a primeira vez que comi um Big Mac foi lá, no longíquo ano de 1995!
ResponderEliminarTete, os dias lá são enormes e permitem que muita coisa aconteça. Não sei se ainda me lembro de tudo mas houve muitos e bons episódios que têm de ser contados.
ResponderEliminarAlexandra, perdoas sim, porque eu tenho a desculpa de que não conhecia as redondezas e às 4 da tarde estavamos cheios de fome ;)
Parece-me que Roma tem um efeito estranho sobre as pessoas... fá-las ir ao Mac