Para o quarto dia de passeio Romano, que por sinal
calha ao Domingo, estava planeado ir passear à Villa Borghese fazendo conta que
a malta estivesse toda muito interessada em ir ver o Papa a dizer umas coisas
que ninguém percebe. Estava foi o tempo verbal certo, mas já lá voltamos.
Hora habitual de acordar? 7h. Já adivinham e tudo!
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Pequeno-Almoço |
Os croissants eram deliciosos. Não se apanha daquilo cá...
Banho, pequeno-almoço e está a sair. Direitinhos a
Flaminio e à Piazza del Popolo. Grande, aquela porra! Aliás, não há nada
pequeno em Roma. É tudo grande, enorme, gigante! Desde os monumentos, aos
prédios, passando pelas praças e acabando nas avenidas. Tudo gigante.
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Piazza del Popolo |
Duas igrejas
irmãs em que uma tinha a burca a tapar a cara e dizia que não estava para
ninguém e outra em que estava quase, quase, a começar a missa. Igrejas
porreiras mas que, ao fim de 3 dias, já não abrem a boca a ninguém.
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Piazza del Popolo |
Na rua
novamente e prontos para analisar o mapa para ver como se chega à Ara Pacis e
ao Mausoléu de Augustus quando uma simpática Romana e o seu fiel canito nos interpelam perguntando se
somos de Roma ao que os nossos casacos, recentemente comprados e que têm as palavras
Roma (tourist look), respondem primeiro que não. A velhote fala depois, num
italiano lento para toda a gente perceber que a igreja do outro lado da praça,
que ninguém liga, tem pinturas de Caravaggio – é só entrar e virar à esquerda.
Uops! Caravaggio, isso quero eu ver. Corre que a missa está para começar (esta
gente reza missas a toda a hora – li na porta de uma igreja que no Domingo de
Páscoa se ia rezar a missa às 9, 10, 11 e 12 horas, retomando a programação a
partir das 14:30 – irrita). Bem as pinturas, numa igreja do tamanho de uma
capela são fantásticas e mereciam mais atenção não fosse estar lá um padre e
alguns fiéis sentados que tinham mais interesse na missa do que em ter turistas
a passear-se pelos corredores. Juro que vi saltar faíscas dos olhos do
sacristão! Para próxima há mais.
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Pintura de Caravaggio |
Na Ara Pacis esqueci-me do que queria ver e como
era a pagantes deixei para uma outra visita a Roma. Uma que tenha um guia de
bolso como companhia constante. O Mausoléu de Augustus estava em obras de
recuperação e não dava para visitar em proximidade pelo que tivemos de nos
contentar com uma foto. Pouco… muito pouco!
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Mausoléu de Augustus |
E com isto tinha-se passado quase duas horas,
sendo perto das 9:30. Estava na altura de nos fazermos à avenida das lojas das
marcas mais caras do mundo. São aos pontapés numa avenida que vai desembocar à
Piazza di Spagna e seus famosos degraus. Aquela hora da manhã despidos de
flores e de pessoas. Quem tem pés e mãos conseguia contar as pessoas que lá
estavam.
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Loja Ferrari |
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Loja Prada |
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Loja Valentino e Louis Vitton |
Faz como manda a lei e senta um pouco a apreciar a
paisagem e os arredores. Aproveita para ver o mapa. Chega! Sobe as escadas e
vai até à igreja que está no topo. Mais uma. Segue.
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Escadas de Espanha |
Villa Medici. Agora universidade ou algo parecido.
Nada de espantar (depois de tudo o que se vê em Roma nada espanta), mas com o
episódio do dia para contar. Família de turistas franceses (mãe, pai e filho).
Do alto do monte vê-se a cúpula da Basílica de S. Pedro pelo que o pai exclama:
- Aquilo é…
- A torre Eiffel – interrompe o filho, com 4 ou 5
anos de idade.
Talvez a mãe tenha pensado – para o Natal levas
com um manual de geografia.
Nós, pelo menos, queremos pensar que sim. Que há
alguém com juízo naquela família.
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Vista sobre Roma - Basilica S. Pedro |
Segue para os jardins Borghese. Sitio simpático e
que, com tempo e sem a pressão de se ter de ir ver “coisas” merecem ter uma
manhã ou uma tarde só para eles. Para apreciar com um piquenique ou um lanche
mais prolongado. Assim, foi passar no meio de toda a verdura e seguir em
direcção à Villa Borghese.
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Villa Borghese |
Pouca gente normalmente é bom presságio mas ao que
parece em Roma a cantiga é outra. Siga para a fila da bilheteira, composta por
3 ou 4 pessoas, para perceber que as ameaças na internet têm fundamento. A
galeria só permite a permanência no seu interior durante duas horas e é melhor
comprar os bilhetes antecipadamente. Ora, se a primeira regra não assusta a
segunda chateia porque estava um aviso na bilheteira a dizer que só havia
bilhetes para visitar a partir de 4ª feira! Merda! Estar a porta e não poder
visitar a colecção é crime. Para a próxima é comprado na internet e visitado
com dia e hora marcado, doa a quem doer!
Bem, não vale a pena estar a chorar em cima dos 4
km feitos até às 10 da manhã porque esses já ninguém nos tira. O melhor é seguir
para o próximo ponto de interesse. Piazza della Republica.
Até lá, a escolha de caminhos foi tão boa que não
vimos um único turista a não ser o nosso reflexo nas janelas dos restaurantes
fechados por ser Domingo de Páscoa.
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Basilica Sta Maria degli Angeli |
A Basilica de Santa Maria degli Angeli é
simplesmente fantástica. Por fora não parece ter qualquer interesse, a não ser
as suas enormes portas em bronze, mas por dentro é de tirar a respiração. E
apanhámos a missa a decorrer, para variar…
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Orgão - Basilica Sta Maria degli Angeli |
Bem, quase meio dia. Hora de almoço para quem
acorda cedo.
Almoço tomado e está a seguir para a próxima.
Santa Maria Maggiore. Igreja, enorme, mais uma. Check. (há que referir que
todas as igrejas, basílicas, etc, têm verdadeiras obras de arte no interior.
Altares fantásticos, esculturas perfeitas e das pinturas nem vale a pena falar
porque essas são feitas por todos os grandes mestres da altura e é de esperar
que sejam lindas).
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Santa Maria Maggiore |
Olha, esta é perto da San Pietro in Vincoli. Vamos
lá ver. Vamos. Íamos. Está fechada e não volta a abrir. Nos dias festivos fecha
ao meio dia. Tanta visita e nunca foi possível ver o raio da Igreja. Borghese e
Pietro in Vincoli no mesmo dia… que mais se segue? (ficam estes dois por ver
porque no último dia, amanhã, a volta afasta-nos da zona de Vincoli).
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Fontana di Trevi |
Mal a mal que tal irmos mas é comer uma gelado ao
pé da Fontana di Trevi? Nem é tarde nem cedo, desce rua direito ao Quirinale e
caminha para o meio da multidão em Trevi. Procura gelatarias referenciadas, não
encontra, come gelado na que tem melhores preços e aspecto. Não é mau mas o da
Isla Tiberina é melhor.
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Render da Guarda - Quirinale |
Sentar e descansar é que era. Em Quirinale até se
está bem. ‘bora que isto de andar para a frente e para trás é que está a dar e
não mata (mas mói e bem). No Quirinale faz-se a troca da guarda. Arre que a
praça está fechada para a malta do exército trocar com a da marinha, a guarda
do palácio do primeiro-ministro. Fanfarra do exército a tocar, militares a
marchar e a coisa lá se foi fazendo. Com o tempo que se esteve parado o corpo
arrefeceu e começou a chamar por descanso.
A caminho do hotel.
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Santa Maria Maggiore |
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Santa Maria Maggiore |
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Santa Maria Maggiore |
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Santa Maria Maggiore |
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Basilica Santa Maria Degli Angeli |
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Carabinieri - Praça de Espanha |
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Santa Maria Maggiore - traseiras |
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